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Justiça de Deus

 

Três pessoas totalmente desconhecidas uma das outra, estavam numa esquina aguardando para atravessar. Foi quando veio um caminhão desgovernado e as atropelou, pegando todas em cheio. Todas elas morreram na hora.

A primeira, uma senhora magra de mais ou menos 75 anos, estava indo para o trabalho, na casa de uma senhora rica que morava em Ipanema. Nesses anos todo ela desejou se aposentar, mas um salário no INSS não daria para ela morar, comer, vestir, se locomover e ajudar, como ela sempre gostava de fazer. Era preciso continuar trabalhando. Após a batida ela olhou seu corpo estendido no chão todo ensangüentado, logo deduziu: eu morri! Ficou feliz porque conhecia a palavra de Deus e já tinha entregue sua vida a Jesus há muito tempo. Saiu da cena terrena e apareceu num lugar onde uma coisa extraordinária aconteceu: viu Deus. Ele colocou em seu coração a justiça perfeita dele. Ela então viu passar diante de seus olhos a sua vida desde a hora que se tornou um ser embrionário. Ela, a cada cena ia lembrando que muitas situações correspondiam a textos escritos na bíblia. A vida era uma ilustração de toda palavra de Deus. Foram mesclas de tristezas e alegrias. Por fim se sentiu satisfeita porque podia entrar e ser recebida por Jesus. Deus lhe estendeu a mão. Que alegria!

O segundo, um homem ainda jovem, advogado, casado, aproveitou a oportunidade de estar naquele bairro e foi fazer uma visita íntima a uma pessoa qual não deixou de ter relações apesar do casamento. Estava satisfeito e distraído, sem nenhuma culpa até porque ninguém sabia, nem seus sogros, seus sócios, nem sua linda esposa. Quando o caminhão foi chegando perto, em frações de segundos, ele percebeu que tudo estava acabado. Viu o seu corpo e sentiu pavor. Esse negócio de que, quando morre só morre o corpo, é verdade! E agora? O que vai acontecer? Deus lhe apareceu. Ficou feliz, achou que era verdade que agora ia descansar. Recebeu no seu coração a justiça e foi ficando apavorado. Viu seus atos, suas mentiras, suas negações, suas idolatrias, suas desobediências e sua soberba. Ela pesou tanto que não teve mais sequer condição de olhar para Deus. Por que seu brilho e seu amor não correspondiam em nada com as trevas e desespero que estavam invadindo seu ser e o levando pra outro lugar. Mãos disformes o seguravam. Desapareceu na escuridão com gritos de horror.

A terceira, uma jovem linda que por muito tempo usou o corpo para ganhar dinheiro, tinha saído de casa a procura de um lugar novo para morar. Naquela semana, um amigo a levou a assistir a uma programação numa igreja evangélica, ela atendeu ao apelo de entregar a vida a Jesus. Ganhou uma bíblia de presente e começou a estudar a palavra de Deus. Entendeu que precisava sair de onde estava, mudar, e foi procura moradia em outro bairro. Na hora do acidente ela pensava no que o pastor pregou: aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisa velhas já passaram, eis que tudo se fez novo... Novo era aquilo, não sentia dor nem nada, estava inteira e seu corpo destruído. Aí Deus apareceu. Sentiu sua justiça entrar no seu coração. Viu sua vida desde quando começou e percebeu quantas vezes era para ter morrido, mas algo sobrenatural acontecia e ela era preservada. Grande contentamento por um amor tão tremendo que ouviu: dos seu pecados não me lembrarei. E ela foi para o gozo do seu Senhor.

O atropelador ficou muito mal no hospital. O problema dele era mais psicológico que físico. Contou, assim que recobrou os sentidos, que Deus permitiu ele ver o que aconteceu com as pessoas que ele matou. Me perdoa. Me perdoa. Me perdoa Senhor. Dizia a toda hora.

Chamou uma enfermeira e pediu para ela ler um texto daquela mini-bíblia que elas carregam. A moça leu para ele segurando sua mão: Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

Eu creio. E o corpo dele morreu.

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